ChatGPT não evita suicídio: jovem de 29 anos se mata após “consulta” por IA

Repercutiu nas redes sociais desta semana o suicídio de Sophie Rotemberg, 29 anos, após meses de desabafo no ChatGPT. Embora a IA não tenha estimulado diretamente o ato, não proporcionou auxilio adequado para evitar o pior. A matéria completa pode ser acessada no link: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/.

 

Já abordei em artigo anterior a tendência ao “atendimento” por meio da IA por parte de pessoas vivenciando depressão, neuroses e outros estados mentais que requerem auxílio especializado. Só no Brasil, um estudo revelou que por volta de 12 milhões de pessoas passaram a usa a IA como confidente, correndo o risco de agravar o quadro mental/emocional, como infelizmente ocorreu com a jovem Sophie.

 

Recentemente, o Independent (foto) publicou uma matéria a respeito dos efeitos do uso terapêutico da IA, especificamente do ChatGPT, hoje de longe o mais popular, mas não o único. É do comportamento humano buscar atalhos e facilidades, além de ser imediatista. Entretanto a IA não está preparada para acolher a dor humana em sua complexidade. Como no caso da jovem citada, indica verdadeiras panaceias, não se atentando para as diferentes abordagens necessárias dependendo do consulente, do tipo e da extensão do sofrimento mental ou emocional. Até mesmo as técnicas de autoajuda oferecidas pela IA são superficiais. É como tratar com Aspirina um quadro de pneumonia!

 

Se a OpenAI não sabe o que fazer, cabem aos profissionais de saúde e autoridades procurarem uma solução, que passe pela conscientização dos riscos e a indicação das verdadeiras alternativas de atendimento com especialistas e não pseudotecnologias incapazes de responder a dramas pessoais ou coletivos.

 

Enquanto o esforço oficial não chega, começo hoje uma campanha alertando sobre o perigo de confiar a própria saúde mental ao Machine Learning (Aprendizado de Máquina). Você não consultaria um estudante. Então, por que consultaria um sistema baseado em algoritmos (padrões)?

Nâo parece uma decisão humana.

 

Ou...parece?

Comentários (1)
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  • H
    HelaneAgosto 2025
    Excelente texto !! Tb quero te ajudar a divulgar esse trabalho